Na foto performance “Coffe Black”
utilizo como cenário o muro externo do Parque Agropecuário de Goiânia, e também
os seguintes elementos: mesa, forro de renda, bule e xícara esmaltados, café e
beiju (ou tapioca, prato bastante popular no Brasil, feito de polvilho), que
formam uma metáfora ao café-da-manhã, enquanto refeição (do inglês, Coffee
Break) e especificamente ao café preto (Coffee Black).
O destaque dado à cabeça e ao alimento
relaciona-se com um rito das religiões de matriz africana, chamado borí, que
significa dar comida à cabeça, buscando assim a renovação de forças do
indivíduo. E é nessa cabeça, coberta pelo beiju que eu derramo o café. O café
do alimento matinal, o café do hábito cultural brasileiro, o café das políticas
oligárquicas, o café pictórico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário